segunda-feira, 4 de julho de 2011

José Lins do Rego


José Lins do Rego
Nascido em Pilar na Paraíba (1901-1957), cursou Direito em Recife, período em que conviveu com o grupo modernista ali emergente, formado por José Américo de Almeida, Gilberto Freire e outros. Atuou também na imprensa, na vida diplomática e, pouco antes de morrer, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Num misto de ficção e lembranças de sua vida de menino, o escritor retrata, no conjunto de sua obra, a vida nordestina na visão de quem participou ativamente dela, num período de grandes transformações de natureza econômica e social, resultado da decadência do engenho que começava a ser substituído pela usina moderna. Isso numa linguagem regionalista, popular e fluida.
Ao contar a história de sua terra, segundo o crítico Peregrino Júnior, José Lins do Rego nos apresenta um “documentário autêntico de toda a vida do Nordeste: o mandonismo dos coronéis, o conflito entre os patriarcas rurais e os jovens bacharéis fracassados, a luta da indústria (usinas) contra o ‘atraso feudal’ (engenhos)”; de acordo com o crítico, “o drama do fanatismo popular, as tropelias heróicas dos bandoleiros soltos a fazer justiça com as próprias mãos, as intrigas miúdas da política municipal”, isso tudo o escritor mostra poeticamente, de forma dolorosa, como a vida de toda a gente dos engenhos, canaviais e das casas-grandes do Nordeste.
A prosa de José Lins do Rego foi dividia, por ele mesmo, em dois ciclos: o da cana-de-açúcar, que compreende “Fogo Morto”, sua obra-prima, “Menino de Engenho”, “Usina”, “Doidinho” e “Bangüê”. “Pedra Bonita” e “Cangaceiros” compõem o ciclo do cangaço, seca e misticismo. Além dessas obras, publicou ainda “Riacho Doce”, adaptada para a televisão e cinema, “Moleque Ricardo”, “Pureza”, “Água Mãe” e “Eurídice”.

Fonte:
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Literatura Brasileira em diálogo com outras literaturas. 3 ed. São Paulo, Atual editora, 2005, p.454-6.



Menino de Engenho
Publicado em 1932 e livro de estréia do autor, "Menino de Engenho" tem como narrador-protagonista Carlos Melo. Chamado de Carlinhos pela família, ele conta a sua infância no engenho Santa Rosa, para onde vai após um começo de narrativa trágico: quando tinha quatro anos, o pai assassina a mãe e é internado num hospício.
Propriedade do avô materno, o Coronel José Paulino, o engenho Santa Rosa é onde Carlinhos vai conhecer o mundo. Trata-se de um local marcado pelas dualidades, como o bom comportamento do protagonista com os adultos e a peraltice com as crianças. Isso sem contar sua simpatia pelos humildes empregados.

Histórias da Velha Totônia

Estas são histórias para meninos e meninas que gostam de aventura, de sonho, de fantasia e de usar a imaginação. Histórias que enchiam o coração de José Lins do Rego, quando as ouvia da velha Totônia de sua infância. E era tão grande aquela felicidade, que ele resolveu contar algumas delas para todas as crianças do Brasil. Com certeza, seus corações iram se sentir a mesma alegria ao ler ou ouvir estas histórias.

Fonte: http://www.olivreiro.com.br

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