quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mais literatura fantástica...


J. R. R. Tolkien
John Ronald Reuel Tolkien (Bloemfontein, 3 de Janeiro de 1892 — Bournemouth, 2 de Setembro de 1973) foi um escritor, professor universitário e filólogo britânico.
Tolkien nasceu na África do Sul e aos três anos de idade, com sua mãe e irmão, passou a viver na Inglaterra, terra natal de seus pais. Desde pequeno fascinado pela lingüística, cursou a faculdade de Letras em Exeter. Lutou na Primeira Guerra Mundial, onde começou a escrever os primeiros rascunhos do que se tornaria o seu "mundo secundário" complexo e cheio de vida, denominado Arda, palco das mundialmente famosas obras O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion, esta última, sua maior paixão, que, postumamente publicada, é considerada sua principal obra, embora não a mais famosa.
Tornou-se filólogo e professor universitário, tendo sido professor de anglo-saxão (e considerado um dos maiores especialistas do assunto) na Universidade de Oxford de 1925 a 1945, e de inglês e Literatura inglesa na mesma universidade de 1945 a 1959. Mesmo precedido de outros escritores de fantasia, tais como William Morris, Robert E. Howard e E. R. Eddison, devido à grande popularidade de seu trabalho, Tolkien ficou conhecido como o "pai da moderna literatura fantástica".Sua obra influenciou toda uma geração.
 Trilogia "O Senhor dos Anéis"
A Sociedade do Anel
'A Sociedade do Anel' é a primeira parte da obra de ficção de J. R. R. Tolkien. Numa cidadezinha indolente do Condado, um jovem hobbit é encarregado de uma imensa tarefa. Deve empreender uma perigosa viagem através da Terra-média até as Fendas da Perdição, e lá destruir o Anel do Poder - a única coisa que impede o domínio maléfico do Senhor do Escuro.
As Duas Torres
'As Duas Torres' é a segunda parte da obra de ficção de J. R. R. Tolkien, 'O Senhor dos Anéis'. É impossível transmitir ao novo leitor todas as qualidades e o alcance do livro. Alternadamente cômica, singela, épica, monstruosa, diabólica, a narrativa desenvolve-se em meio a inúmeras mudanças de cenários e de personagens, num mundo imaginário absolutamente convincente em seus detalhes.
O Retorno do Rei
O Retorno do Rei é a terceira parte da grande obra de ficção fantástica de J. R. R. Tolkien, O Senhor dos Anéis. É impossível transmitir ao novo leitor todas as qualidades e o alcance do livro. Alternadamente cômica, singela, épica, monstruosa, diabólica, a narrativa desenvolve-se em meio a inúmeras mudanças de cenários e de personagens, num mundo imaginário absolutamente convincente em seus detalhes.

O Hobbit
Bilbo Bolseiro é um hobbit que leva uma vida confortável e sem ambições, raramente aventurando-se para além de sua despensa ou sua adega. Mas seu contentamento é perturbado quando Gandalf, o mago, e uma companhia de anões batem em sua porta e levam-no para uma expedição.





O Silmarillion
Quando 'O Senhor dos Anéis' foi publicado, as histórias de 'O Silmarillion' já existiam em suas versões iniciais, escritas em velhos cadernos, muitas vezes às pressas e a lápis. Tolkien trabalhou nesses textos ao longo de toda a sua vida, tornando-os veículo e registro de suas reflexões mais profundas. 'O Silmarillion' relata lendas de um passado remoto, ligadas às Silmarils, três gemas perfeitas criadas por Fëanor, o mais talentoso dos elfos. Morgoth, o Senhor do escuro, que habitava a Terra Média, roubou essas pedras preciosas e as engastou em sua coroa de ferro. Para recuperá-las , os altos-elfos travaram uma guerra prolongada e sem esperanças contra o grande Inimigo.



Christopher Paolini 
Nasceu a 17 de Novembro de 1983, no sul da Califórnia. Cresceu em Paradise Valley, Montana, onde ainda reside.  Durante a infância, escreveu vários contos e poemas, fazia inúmeras viagens à biblioteca e lia com bastante frequência.
Foi inspirado pela música clássica que Christopher escreveu Eragon. Tinha apenas quinze anos quando completou o primeiro rascunho; demorou um ano a reescrevê-lo, antes de o mostrar à família, que decidiu auto-publicar o livro. Um terceiro ano foi passado com novas edições, desenhado a capa e criando materiais de marketing. Durante este tempo, Christopher desenhou o mapa para Eragon, assim como o olho de dragão que aparece na edição normal.
A família Paolini passou o ano de 2002 e o início de 2003 a promover o livro em escolas, bibliotecas e livrarias.
No Verão de 2002, o autor Carl Hiaasen chamou a atenção do seu editor, Alfred A. Knopf, para o livro. Michelle Frey, editora executiva da Knopf Books, contactou Christopher e família com uma proposta de publicação. Esta foi aceite e, após mais uma revisão, Knopf publicou Eragon em Agosto de 2003.
Após uma promoção extensiva nos EUA e no Reino Unido que durou até 2004, Christopher regressou à escrita. Nasceu então Eldest, publicado em Agosto de 2005.
 
 "O Ciclo da Herança"
 Eragon - Eldest - Brisingr
Passada no mundo fictício de Alagaësia, a história se foca em um rapaz de 15 anos – acompanhado de seu dragão – na luta contra a tirania de um império do mal. Este garoto é Eragon, que ao lado de sua parceira Saphira, uma dragão com a qual compartilha sua consciência, divide a descoberta de ser um Cavaleiro de Dragões, um lendário grupo que governava essas terras em tempos passados.
O Rei Galbatorix, que destruiu a antiga Ordem dos Cavaleiro de Dragões e pegou a coroa para si, envia seus assassinos para capturar o rapaz e Saphira, e assim, o Cavaleiro inicia a sua jornada.
Fonte: www.olivreiro.com.br

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O universo da literatura fantástica

A palavra “Fantástica” segundo o dicionário Aurélio significa, 1. Só existe   na  fantasia  ou   imaginação;   imaginário,  ilusório, irreal. 2. Fantasmagórico (relativo a, ou próprio de fantasmas) 3. Caprichoso, extravagante. 4. Incrível, extraordinário, procedimento que só existe na imaginação. É um termo originário do latim phantasticus (-a, -um), que, por sua vez, provém do grego       (phantastikós) – são palavras que têm origem na fantasia.
Daí surge à literatura fantástica, uma literatura que origina-se da imaginação, o que não existe no mundo real. De fato, a narrativa Fantástica é toda criação literária que não dá importância a realidade vivida no mundo, não existe fronteira entre real e irreal, ambas misturam-se.
A Literatura Fantática e suas obras

As Crônicas de Nárnia
C.S. Lewis

Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas ente o bem e o mal - Este livro apresenta as sete crônicas de Nárnia integralmente, num único volume. Os livros são apresentados de acordo com a ordem de preferência do autor, cada capítulo com uma ilustração do artista Pauline Baynes. 'As crônicas de Nárnia' apresenta aventuras, personagens e fatos que falam aos leitores de todas as idades, mesmo cinqüenta anos após terem sido publicadas pela primeira vez.


 
A História Sem Fim
Michael Ende
''A história Sem Fim'' é a mágica aventura de um garoto solitário que passa   através das páginas de um livro para um reino muito particular, o reino da fantasia. Nesta terra imaginária, numa busca original e cheia de perigos, Bastian descobre a verdadeira medida de sua própria coragem e aprende também que até ele tem capacidade para amar. O texto impresso em duas cores, verde e vinho, as belas ilustrações das aberturas dos capítulos completam o clima de encantamento que envolve o leitor.                                                                                                                               



Coração de Tinta 
Cornelia Funke
Há muito tempo Mo decidiu nunca mais ler um livro em voz alta. Sua filha Meggie é uma devoradora de histórias, mas apesar da insistência não consegue fazer com que o pai leia para ela na cama. Meggie jamais entendeu o motivo dessa recusa, até que um excêntrico visitante finalmente vem revelar o segredo que explica a proibição. É que Mo tem uma habilidade estranha e incontrolável - quando lê um texto em voz alta, as palavras tomam vida em sua boca, e coisas e seres da história surgem como que por mágica. Numa noite fatídica, quando Meggie ainda era um bebê, a língua encantada de Mo trouxe à vida alguns personagens de um livro chamado 'Coração de tinta'.

Alice no País das Maravilhas
Lewis Carroll
Este livro é uma das mais famosas obras-primas da literatura universal destinada ao público infantil. Alice no País das Maravilhas (1865) são fantasias oníricas e lúdicas sobre a realidade e a linguagem. Explorando a aparente ausência de sentido em sentenças gramaticalmente corretas, Lewis Carrol foi um dos pioneiros na pesquisa de uma nova ciência do discurso, por meio da simbolização. Aparentemente destinada às crianças, na verdade oculta questionamentos de toda espécie, lógicos ou semânticos, problemas psicológicos de identidade e até políticos, tudo sob a capa de aventuras fantásticas.

O mundo de Sofia
Jostein Gaarder
Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que se vive. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia desconhece. O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste romance. De capítulo em capítulo, de 'lição' em 'lição', o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo muito surpreendente.

Fonte: http://www.olivreiro.com.br

Trilogia " O Tempo e o Vento"

O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo

Por Ricardo Gozzi

A leitura da trilogia “O Tempo e o Vento” vai além do simples ato de pegar um livro e descobrir o que o escritor resolveu registrar em suas páginas. A saga das famílias Terra e Cambará, narrada por Erico Veríssimo na fictícia cidade gaúcha de Santa Fé, cobre 200 anos de história do Rio Grande do Sul e do Brasil e leva o leitor à aventura de uma vida – ou de várias vidas.
Porque ler “O Tempo e o Vento” é uma aventura, a começar pelos números que envolvem a obra. “O Tempo e o Vento” é uma trilogia que se espalha por mais de 2.600 páginas divididas em sete livros na recente edição, lançada em 2009 pela Companhia das Letras. As duas primeiras partes – “O Continente” e “O Retrato” – são apresentadas em dois volumes cada; a última – “O Arquipélago” – divide-se em três tomos.
Erico Veríssimo levou mais de uma década para concluir essa obra-prima da literatura brasileira. O escritor gaúcho começou a escrever o primeiro volume de “O Continente” em 1947, lançando-o dois anos mais tarde. O último livro de “O Arquipélago” veio a público somente em 1962. No entanto, as primeiras anotações do autor para o livro datam de 1935, o que elevaria a 27 anos o tempo total de "gestação" dessa saga, como mostram os manuscritos reproduzidos nos Cadernos de Literatura sobre a obra do escritor.
Aos olhos de quem tem medo de livro grande, sua leitura pode parecer impressionante, algo próximo do impossível, ou uma missão para aventureiros preparados, como quem escala o Everest ou resolve dar a volta ao mundo em cima de uma motocicleta ou de um veleiro. Mas Erico Veríssimo possui alguma fórmula mágica.
Os ingredientes principais talvez sejam a simplicidade, a clareza e a falta de pressa narrativa, sem contar a bagagem especial do próprio autor. E essa fórmula faz com que a leitura, uma vez iniciada, flua sem restrições. Uma vez iniciada a aventura, não há remédio, é preciso ir até o fim para descobrir o que reserva essa experiência da primeira linha ao último ponto final.

O escritor em seu escritório, em Porto Alegre


O Continente


A saga começa nos dois volumes de “O Continente”, publicados originalmente em 1949. A narrativa do cerco ao Sobrado, no fim do século 19, espalha-se na forma de pílulas, intercalada por histórias que, sozinhas, já seriam dignas de livros à parte - como, aliás, aconteceu com os capítulos “Ana Terra” e “Um Certo Capitão Rodrigo”.
Praticamente todos os personagens mais importantes da trilogia são apresentados já em “O Continente”. Desde Licurgo e Maria Valéria, presentes no cerco ao Sobrado, a Ana e Bibiana Terra, o capitão Rodrigo e Luzia Silva, além de Rodrigo Terra Cambará, filho de Licurgo e em torno de quem girarão “O Retrato” e “O Arquipélago”, apresentado ainda na infância.
O cerco ao Sobrado, a cidadela herdada pela família Terra Cambará como resultado da guerra surda entre a velha Bibiana e a nora Luzia, é o fio condutor entre o passado e o futuro. Quatro gerações de Terras e Cambarás estão ali presentes no desfecho da Revolução Federalista, em 1895, cercadas pelos maragatos – contra os quais Licurgo luta durante quase toda a vida e ao lados dos quais morre lutando, décadas mais tarde. Mantido a grande custo apesar do acirrado cerco, o casarão ganha ares de palco principal em “O Retrato” e “O Continente”.
É marcante a elegância com que Erico Veríssimo faz desaparecer discretamente parte de importantes personagens, especialmente as femininas, quase todas levadas pela passagem implacável do tempo, como Luzia Silva, Ana e Bibiana Terra. Talvez para contrabalançar isso não falte sangue em mortes como a do Capitão Rodrigo e a de seu filho, Bolívar, exemplos do ditado familiar segundo o qual “Cambará macho não morre na cama”.
Apesar das diversas guerras que envolvem a região no período de formação do Rio Grande do Sul, não se trata de um livro belicista, avalia Regina Zilberman, doutora em Letras pela Universidade de Heidelberg (Alemanha) e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). “Pelo contrário, sublinha o que essas lutas tiveram de sacrifício, de que é sintomática a vida breve de quase todas as figuras masculinas”, escreve ela na apresentação da edição publicada pela Companhia das Letras em 2009. O tom pacifista da obra, diz ela, manifesta-se sob o prisma das mulheres, que perdem os maridos e os filhos nas sucessivas guerras que resultariam no estabelecimento das atuais fronteiras do Brasil na região Sul.
A primeira parte da trilogia é, de todas, a mais dominada pela ficção. “O Continente” já é, indiscutivelmente, um romance histórico, mas, talvez até pela ausência de documentos e registros das épocas abordadas, é nele que Erico Veríssimo parece ter mais liberdade de criar.

 
O Retrato


De volta a Santa Fé depois de ter ido estudar medicina em Porto Alegre, o jovem e idealista Rodrigo Terra Cambará busca estabelecer-se em sua terra natal e depara-se com uma batalha já perdida de início contra seus próprios impulsos. Admirado com a vitalidade do amigo, o desacreditado artista anarquista Pepe García decide pintar um retrato de Rodrigo. O pintor dedica sangue, suor e alma à confecção do quadro. O resultado do trabalho do pintor, no qual ninguém botava muita fé, é uma obra-de-arte. Nas palavras de Maria Valéria, tia e madrinha de Rodrigo, o quadro “só falta falar”.
As grandes vítimas da genialidade do pintor são o próprio artista e seu modelo. A criatividade de Pepe García esgota-se no retrato, como se ao quadro ele tivesse dedicado todos os seus esforços e tornado-se estéril ao encerrá-lo. Já Rodrigo passa a definhar. A altivez com que é retratado por Pepe García jamais será a mesma novamente, numa espécie de “O Retrato de Dorian Gray” (obra de Oscar Wilde) às avessas.
Paralelamente à decadência pessoal de Rodrigo desfila a decadência social de Santa Fé na passagem do século 19 para o 20, projetada nas conseqüências do jogo de alianças políticas dos oligarcas locais com líderes gaúchos como Pinheiro Machado e Borges de Medeiros, consolidando “O Tempo e o Vento” como um romance histórico.



O Arquipélago



Erico Veríssimo usa e abusa das relações de suas personagens com personalidades da história brasileira na parte final de “O Tempo e o Vento”, aperfeiçoando-o como romance histórico. Ele também apresenta aos leitores um alter-ego, o escritor Floriano Cambará, filho de Rodrigo e Flora, um intelectual em busca de inspiração para uma carreira literária sólida.
A história do Brasil na primeira metade do século 20 serve de pano de fundo para o salto da influência da família Terra Cambará do âmbito meramente local para uma escala nacional. Depois de muitos anos no Rio de Janeiro, ao lado do amigo e aliado Getúlio Vargas, Rodrigo retorna a Santa Fé após a queda do Estado Novo, derrotado politicamente. Com a vida por um fio por conta de uma série de problemas cardíacos, luta contra o imponderável para não se tornar no primeiro Cambará macho a morrer na cama.
O retorno de Rodrigo a Santa Fé acaba por reunir todo o clã Terra Cambará e força um acerto de contas familiar. No meio do caminho, Floriano vai juntando as peças para o romance definitivo que pretende escrever. E Erico Veríssimo acaba por encerrar “O Arquipélago”
exatamente como haveria de começar “O Continente”.


Obra universal

A trilogia “O Tempo e o Vento”, de Erico Veríssimo, costuma ser rotulada como uma saga abrangendo cerca de dois séculos da história do Rio Grande do Sul, e marginalmente a do Brasil no mesmo período. Mas ela é mais que isso. É uma obra universal, capaz de explicar o macrocosmo a partir do micro.
Ao propor sua visão sobre o comportamento e organização social dos gaúchos, Veríssimo acaba, incidentalmente, expondo as qualidades e os defeitos dos brasileiros e da humanidade como um todo, com seus amores, medos e preconceitos, de acordo com o ponto de vista de cada personagem.
Masculino e feminino são muito patentes na obra. As mulheres são, em sua maioria, personagens fortes, guardiãs dos valores morais e protetoras do seio familiar, constantes como o tempo; os homens, salvo exceções, servem como elemento desestabilizador, imprevisíveis como o vento.
O que talvez mais impressione na obra de Erico Veríssimo é a forma simples e eficaz de sua narrativa. Para ser um grande escritor não é preciso ser rebuscado, não é preciso ser prolixo, não é preciso parecer complicado, não é preciso experimentar fórmulas novas. Não existe fórmula pronta para isso. Erico Veríssimo optou pela clareza na exposição de suas ideias, e consagrou-se como um grande contador de histórias.

Fonte: http://www.guiadeleitura.com/2010/08/especial-o-tempo-e-o-vento-de-erico.html

terça-feira, 5 de julho de 2011

As Brumas de Avalon

Marion Zimmer Bradley

Nasceu em Albany, no estado de Nova York, e faleceu em 1999. Começou a escrever cedo: aos dezessete anos criou um fanzine de ficção científica e seus primeiros contos apareceram em 1953. Reconhecida pela bela recriação arturiana de As brumas de Avalon, ela mostrou-se competente, também, em fantasias intergaláticas e contemporâneas.












As Brumas de Avalon 
Neste romance, a lenda do rei Artur é contada pela primeira vez através das vidas, das visões e da percepção das mulheres que nela tiveram um papel central. Pela primeira vez, o mundo arturiano de Avalon e Camelot, com todas as suas paixões e aventuras - o mundo que, através dos séculos, cada geração recriou em incontáveis obras de ficção, poesia, drama - é revelado, como se poderia esperas, pelas suas heroínas - pela rainha Guinevere, mulher de Artur; por Igraine, mãe de Artur; por Viviane, a impressionante Senhora do Lago, Grande Sacerdotisa de Avalon; e principalmente pela irmã de Artur, Morgana, também conhecida como Morgana das Fadas, como a Fada Morgana - como feiticeira, como bruxa - e que nesta épica versão da lenda desempenha um papel crucial, tanto na coroação como na destruição de Artur. Trata-se, acima de tudo, da história de um profundo conflito entre o cristianismo e a velha religião de Avalon.

Fonte: http://www.olivreiro.com.br

segunda-feira, 4 de julho de 2011

José Lins do Rego


José Lins do Rego
Nascido em Pilar na Paraíba (1901-1957), cursou Direito em Recife, período em que conviveu com o grupo modernista ali emergente, formado por José Américo de Almeida, Gilberto Freire e outros. Atuou também na imprensa, na vida diplomática e, pouco antes de morrer, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Num misto de ficção e lembranças de sua vida de menino, o escritor retrata, no conjunto de sua obra, a vida nordestina na visão de quem participou ativamente dela, num período de grandes transformações de natureza econômica e social, resultado da decadência do engenho que começava a ser substituído pela usina moderna. Isso numa linguagem regionalista, popular e fluida.
Ao contar a história de sua terra, segundo o crítico Peregrino Júnior, José Lins do Rego nos apresenta um “documentário autêntico de toda a vida do Nordeste: o mandonismo dos coronéis, o conflito entre os patriarcas rurais e os jovens bacharéis fracassados, a luta da indústria (usinas) contra o ‘atraso feudal’ (engenhos)”; de acordo com o crítico, “o drama do fanatismo popular, as tropelias heróicas dos bandoleiros soltos a fazer justiça com as próprias mãos, as intrigas miúdas da política municipal”, isso tudo o escritor mostra poeticamente, de forma dolorosa, como a vida de toda a gente dos engenhos, canaviais e das casas-grandes do Nordeste.
A prosa de José Lins do Rego foi dividia, por ele mesmo, em dois ciclos: o da cana-de-açúcar, que compreende “Fogo Morto”, sua obra-prima, “Menino de Engenho”, “Usina”, “Doidinho” e “Bangüê”. “Pedra Bonita” e “Cangaceiros” compõem o ciclo do cangaço, seca e misticismo. Além dessas obras, publicou ainda “Riacho Doce”, adaptada para a televisão e cinema, “Moleque Ricardo”, “Pureza”, “Água Mãe” e “Eurídice”.

Fonte:
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Literatura Brasileira em diálogo com outras literaturas. 3 ed. São Paulo, Atual editora, 2005, p.454-6.



Menino de Engenho
Publicado em 1932 e livro de estréia do autor, "Menino de Engenho" tem como narrador-protagonista Carlos Melo. Chamado de Carlinhos pela família, ele conta a sua infância no engenho Santa Rosa, para onde vai após um começo de narrativa trágico: quando tinha quatro anos, o pai assassina a mãe e é internado num hospício.
Propriedade do avô materno, o Coronel José Paulino, o engenho Santa Rosa é onde Carlinhos vai conhecer o mundo. Trata-se de um local marcado pelas dualidades, como o bom comportamento do protagonista com os adultos e a peraltice com as crianças. Isso sem contar sua simpatia pelos humildes empregados.

Histórias da Velha Totônia

Estas são histórias para meninos e meninas que gostam de aventura, de sonho, de fantasia e de usar a imaginação. Histórias que enchiam o coração de José Lins do Rego, quando as ouvia da velha Totônia de sua infância. E era tão grande aquela felicidade, que ele resolveu contar algumas delas para todas as crianças do Brasil. Com certeza, seus corações iram se sentir a mesma alegria ao ler ou ouvir estas histórias.

Fonte: http://www.olivreiro.com.br

A Saga Crepúsculo

Stephenie Meyer 
Escritora estadunidense, nascida em 24 de dezembro de 1973, na cidade de Hartford, Connecticut.
Criada em Phoenix, é casada e mãe de três filhos. Desenvolve estilo literário juvenil que, nos fins da década de 90, obteve grande aquecimento de público com a saga de Harry Poter e o Senhor do Anéis.
Depois do livro “Crepúsculo”, recebeu um prêmio do NY Times e dois da Associação de Bibliotecas Americanas.
Começou a escrever o “Crepúsculo” depois de um sonho que teve em 2 de junho de 2003, que descrevia uma paixão entre um vampiro e uma moça inocente. No dia seguinte, cuidou dos filhos e iniciou as anotações do sonho; o nome da protagonista, Isabella, seria dado a sua filha, mas Meyer só teve meninos.
Fonte: http://www.infoescola.com/




Crepúsculo
Isabella Swan chega à nublada e chuvosa cidadezinha de Forks - último lugar onde gostaria de viver. Tenta se adaptar à vida provinciana na qual aparentemente todos se conhecem, lidar com sua constrangedora falta de coordenação motora e se habituar a morar com um pai com quem nunca conviveu. Em seu destino está Edward Cullen. Lindo, perfeito, misterioso ele é à primeira vista, hostil à presença de Bella - o que provoca nela uma inquietação desconcertante. Ela se apaixona. Ele, no melhor estilo 'amor proibido', alerta - Sou um risco para você. Ela é uma garota incomum. Ele é um vampiro. Ela precisa aprender a controlar seu corpo quando ele a toca. Ele, a controlar sua sede pelo sangue dela. Em meio a descobertas e sobressaltos, Edward é, sim, perigoso - um perigo que qualquer mulher escolheria correr.


Lua Nova
Para Bella Swan, há uma coisa mais importante do que a própria vida - Edward Cullen. Mas estar apaixonada por um vampiro é ainda mais perigoso do que ela poderia ter imaginado. Edward já resgatara Bella das garras de um monstro cruel, mas agora, quando o relacionamento ousado do casal ameaça tudo o que lhes é próximo e querido, eles percebem que seus problemas podem estar apenas começando.


Eclipse
Enquanto Seattle é assolada por uma sequência de assassinatos misteriosos e uma vampira maligna continua em sua busca por vingança, Bella está cercada de outros perigos. Em meio a isso, ela é forçada a escolher entre seu amor por Edward e sua amizade com Jacob - uma opção que tem o potencial para reacender o conflito perene entre vampiros e lobisomens. Com a proximidade da formatura, Bella vive mais um dilema - vida ou morte. Mas o que representará cada uma dessas escolhas?


Amanhecer
Estar apaixonada por um vampiro é tanto uma fantasia como um pesadelo, costurados em uma perigosa realidade para Bella Swan. Empurrada em uma direção por sua intensa paixão por Edward Cullen, e em outra, por sua profunda ligação com o lobisomem Jacob Black, ela resistiu a um tumultuado ano de tentação, perda e conflito, para atingir o momento da decisão final. Essa escolha fatal entre fazer parte do obscuro, mas sedutor, mundo dos imortais ou seguir uma vida totalmente humana se tornou o marco que poderá transformar o destino dos dois clãs - vampiros e lobisomens. Agora que Bella tomou sua decisão, uma corrente de acontecimentos sem precedentes se desdobrará, com consequências devastadoras. No momento em que as feridas parecem prontas para ser cicatrizadas, e os desgastantes confrontos da vida da garota, resolvidos, isso pode significar a destruição, para todos e para sempre. 
Fonte: http://www.olivreiro.com.br

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Obras de Lygia Fagundes Telles

Lygia Fagundes Telles
Nasceu em São Paulo, SP, em 19 de abril de 1923. Passou a maior parte da infância em cidades do interior do Estado, onde seu pai era delegado e promotor público. De volta à capital, formou-se na Escola Superior de Educação Física e depois ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Como estudante participou ativamente da vida literária universitária, embora tenha começado a escrever contos ainda quando era adolescente. Cursava a Faculdade quando seu livro ´Praia viva´ foi publicado (1944). Em 1949, seu volume de contos ´O cacto vermelho´ recebeu o Prêmio Afonso Arinos da Academia Brasileira de Letras. Mais tarde, porém, a autora rejeitou esses primeiros livros, por achá-los imaturos. Segundo alguns críticos, o marco da ´maturidade´ de Lygia seria o romance ´Ciranda de pedra´, publicado em 1954.Foi eleita para a Academia Brasileira de Letras em 1985.


As Meninas
Não foram muitos os escritores que, no auge da ditadura militar no Brasil, abordaram em seus textos temas como a repressão e a tortura e escreveram obras de contestação como 'As meninas', de Lygia Fagundes Telles. Livro árduo, dolorido e lindo, 'As meninas' relata os conflitos no relacionamento de três jovens que têm entre si um ponto em comum, a solidão, e como pano de fundo os governos militares.

Ciranda de Pedra
Esse é o primeiro romance de Lygia Fagundes Telles, escrito em 1954, é uma obra atual pois trata de temas recorrentes da obra da escritora, como o amor, a morte, a fragilidade da alma humana, a solidão, a loucura, a crueldade e o sonho. A autora conta a história de uma família que se desagregou com a separação dos pais. Uma das filhas, Virginia, fica morando com a mãe doente e o segundo marido dela, numa casa pequena e desconfortável. As outras duas meninas acompanham o pai, que mora num casarão cercado de riqueza e conforto. As personagens do livro são apanhadas em situações aparentemente banais mas há, no entanto, algo que as desintegra e as vai desnudando até que mostrem suas fragilidades, seus medos, suas loucuras. Romance clássico, best-seller nacional, ''Ciranda de pedra'' revelou Lygia Fagundes Telles como uma das mais representativas expressões da moderna ficção brasileira. 


Seminário de Ratos
O livro reúne 14 contos que nasceram, de um árduo trabalho de pesquisa em que a autora desejava expressar-se, em cada conto, de uma maneira diferente e queria encontrar a forma mais adequada para dizer o que precisava. No conto que dá título ao livro, ratos entram pela cozinha fazendo um barulho esquisito. Só quem tem ouvido bem apurado é que pode perceber que algo estava acontecendo naquela casa de campo onde várias autoridades iriam realizar o VII Seminário dos Roedores. O seminário não se realiza e a casa é ocupada pelos ratos que devoram os homens deixando um único sobrevivente. 


A Disciplina do Amor
O jardineiro só colhia as rosas ao anoitecer porque durante o sono elas não sentiam o aço frio da tesoura. Uma noite ele sonhou que cortava as hastes de manhã, em pleno sol, as rosas despertas e gritando e sangrando na altura do corte das cabeças decepadas. Quando ele acordou, viu que estava com as mãos sujas de sangue. Os fragmentos que se entrelaçam nesse texto de Lygia Fagundes Telles, aparentemente desconexos entre si, são desenrolados de um a outro, através da disciplina imposta à linguagem e do amor com que penetra na insólita urdidura de sonhos, visões, instantâneos, de situações absurdas, lembranças soterradas, sustos, perplexidades.

Oito Contos de Amor
Pessoas apaixonadas, seres mal amados, gente que descobre um grande amor. Como traduzir em palavras as indefiníveis sensações e intensas reações que o amor provoca em cada pessoa? As múltiplas faces do amor são reveladas com muita sensibilidade. 
Melhores Contos de Lygia Fagundes Telles
O livro apresenta uma seleção dos contos de Lygia Fagundes Telles, realizada pelo acadêmico Eduardo Portella. Contos - Verde lagarto amarelo; Apenas um Saxofone; Antes do baile verde; Eu era mudo e só; As pérolas; Herbarium; Pomba enamorada ou uma historia de amor; Seminário dos ratos; A confissão de Leontina; Missa do Galo; A estrutura da bolha de sabão; A caçada; As formigas; Noturno amarelo; A presença; A mão no ombro.

Fonte:www.olivreiro.com.br

"Biblioteca Érico Veríssimo"


Quem foi Érico Veríssimo?
ÉRICO VERÍSSIMO nasceu em Cruz Alta, região serrana do Rio Grande do Sul. Estudou em Porto Alegre. Pretendia estudar no exterior, mas os problemas econômicos da família o impediram. De volta a Cruz Alta tornou-se sócio-proprietário de uma farmácia, que mais tarde faliu. Por volta de 1930, retornou a Porto Alegre e foi trabalhar na Editora Globo, onde secretariou uma revista, traduziu e editou livros importantes da literatura univeral. Em 1932, estreou com um volume de contos. Fantoches, e com o tremendo marco editorial de Olhai os Lírios do Campo tornou-se paulatinamente um escritor profissional, vivendo dos seus direitos autorais. Durante três décadas foi, juntamente com Jorge Amado, o escritor mais popular do Brasil. Na década de 40, lecionou literatura brasileira nos Estados Unidos e, nos anos 50, trabalhou em um dos departamentos da Organização dos Estados Americanos. A primeira fase da obra de Veríssimo é composta por romances ambientados em Porto Alegre ou em pequenas cidades do interior do Estado.
Sua obra mais importante é O Tempo e o Vento, de onde foi extraído o texto que estudamos neste capítulo. Nela, o escritor conta a história do Rio Grande do Sul, através das várias gerações da família Terra Cambará, que participa de todos os acontecimentos históricos do Estado sulino.
Depois de concluir O Tempo e o Vento, Veríssimo continuou sua produção literária com o Senhor Embaixador, no qual, cria um país imaginário, chamado Sacramento. Nessa obra aborda os problemas da América Latina. Em seguida, escreveu O Prisioneiro, que trata da Guerra do Vietnam e é ambientado no sudoeste asiático. Sua última obra de ficção é Incidente em Antares, na qual realizou interessantes experiências com o realismo fantástico.
Obras:
• Romance: Clarissa (1933); Música ao Longe (1935); Caminhos Cruzados (1935); Um Lugar ao Sol (1936); Olhai os Lírios do Campo (1938); Saga (1940); O Resto é Silêncio (1943); O Tempo e o Vento: O Continente (1949); O Tempo e o Vento: O Retrato (1951); O Tempo e o Vento: O Arquipélago (1961); O Senhor Embaixador (1965); O Prisioneiro (1967); Incidente em Antares (1971).
• Contos: Fantoches (1932); As Mãos de Meu Filho (1942).
• Novela: Noite (1954).
• Memórias: Solo de Clarineta, volume I (1973); Solo de Clarineta, volume 11 (1976).

Referência:
CÂNDIDO, Antonio. Vários escritos. 2.ed. São Paulo, Duas Cidades, 1977.
________________. Presença da literatura brasileira: 111 - Modernismo. 7. ed. São Paulo, DIFEL, 1979


Fachada do Colégio Estadual Presidente Vargas - EFM
Telêmaco Borba

"Biblioteca Érico Veríssimo"