segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cultura Afro e Indígena na Internet

A Equipe Multidisciplinar apresenta algumas sugestões de sites que enfocam a cultura afro e indígena.
Vale a pena conferir e aprender mais sobre nossas raízes culturais!


http://www.abpn.org.br
A Associação Brasileira de Pesquisadores Negros é uma Associação sem fins lucrativos com sede no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Rio de Janeiro), constituída sem limite de prazo para a sua duração e que se destina à defesa da pesquisa acadêmico-científica e/ou espaços afins realizadas prioritariamente por pesquisadores negros, sobre temas de interesse direto das populações negras no Brasil e todos os demais temas pertinentes à construção e ampliação do conhecimento humano.

http://www.apnsbrasil.org
Entre os anos de 1979 e 1982, aconteceram os primeiros encontros de negros e negras motivados pela fé, que inicialmente formaram um grupo com a função de preparar um subsídio sobre a situação dos afro-brasileiros.
Deste contexto particular, nasce a organização dos Agentes de Pastoral Negros (APNs), que teve a sua fundação em 14 de março de 1983, na cidade de São Paulo.
Nos Agentes de Pastoral Negros, participam pessoas de diferentes comunidades de fé. Essas estão preocupadas e empenhadas no desenvolvimento de ações para a promoção e a valorização da população negra e que, articulados em torno das dimensões da fé, da cultura e da política, realizam um trabalho de base junto à comunidade negra com o compromisso de, somando aos demais grupos, desenvolver ações e lutar pela transformação social e a conquista da cidadania do povo negro. 

http://racabrasil.uol.com.br
A Raça Brasil, revista dirigida ao leitor afro-descendente, objetiva-se a proporcionar auto-estima e visibilidade ao negro, a partir de uma representação baseada em valores considerados positivos. Lançada em setembro de 1996, a revista é a mais importante publicação comercial etnicamente segmentada, em virtude da expressiva circulação que já apresentou em seu tempo de existência.








http://www.redepovosdafloresta.org.br
A Rede Povos da Floresta é um movimento social que reúne comunidades tradicionais e indígenas, unidas por um mesmo ideal de preservação do ambiente, de suas culturas tradicionais e de seus territórios originais.
A Rede foi criada em 2003 como uma revitalização da Aliança dos Povos da Floresta - mobilização feita por índios e seringueiros liderada por Chico Mendes e Ailton Krenak, que durante a década de 90 fez as mudanças que resultaram na criação das reservas extrativistas e na correção das políticas do Banco Mundial para o financiamento de grandes projetos de impacto socioambiental nas regiões de florestas tropicais em todo o mundo.


http://www.museudoindio.org.br
O Museu do Índio é uma instituição governamental que se coloca a serviço da sociedade a partir de uma proposta de trabalho baseada na parceria com os povos indígenas. A preservação de suas tradições e o respeito pela diversidade étnica são elementos essenciais para a afirmação da cultura de cada um dos 270 grupos que vivem hoje no Brasil. São aproximadamente 370 mil índios que falam cerca de 180 línguas.  

http://culturasindigenas.org
O portal Rede Culturas Indígenas é um dos espaços pioneiros na Internet brasileira focado nas culturas indígenas. A partir deste espaço as comunidades e organizações indígenas, além do público em geral, podem acessar diversos conteúdos relativos às praticas culturais dos povos indígenas do Brasil e também ferramentas interativas voltadas para divulgação da produção cultural dos povos indígenas.












quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Temática étnico-racial na literatura brasileira

O Brasil tem em sua origem a miscigenação racial essencialmente, pois através da união das etnias negra, indígena e branca é que formou-se o alicerce de nosso país.  Somos todos parte de uma nação, onde as diversas culturas juntaram-se para formar a sua identidade.
Porém, infelizmente temos inúmeros casos em que o negro e o indígena é retratado de maneira depreciativa na literatura brasileira, gerando preconceitos e maneiras errôneas de se encarar a questão étnico-racial em nosso país.
Apesar desta visão preconceituosa caracterizada em personagens de alguns escritores brasileiros, também existem aqueles que retratam a riqueza e a diversidade cultural brasileira, como: Jorge Amado e José de Alencar.
Apresentamos abaixo algumas sugestões de leitura relacionada a temática multiracial, que fazem parte do acervo da Biblioteca Érico Veríssimo.

Gilberto Freyre

Com o livro "Casa-Grande & Senzala", publicado em 1933, Gilberto Freyre revolucionou a historiografia. Ao invés do registro cronológico de guerras e reinados, ele passou a estudar o cotidiano por meio da história oral, documentos pessoais, manuscritos de arquivos públicos e privados, anúncios de jornais e outras fontes até então ignoradas. Usou também seus conhecimentos de antropologia e sociologia para interpretar fatos de forma inovadora.
Freyre fez carreira acadêmica, de artista plástico, jornalista e cartunista no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos. Manteve, porém, uma grande ligação com Pernambuco, em especial Olinda e Recife.
Deputado federal constituinte, pela UDN (União Democrática Nacional) em 1946, sua vida política foi marcada pela ação contra o racismo. Em 1942, foi preso no Recife por ter denunciado nazistas e racistas no Brasil, inclusive um padre alemão. Reagiu à prisão, juntamente com seu pai, o educador e juiz de Direito, Alfredo Freyre. Ambos foram soltos no dia seguinte, por interferência do general Góes Monteiro. Em 1954, apresentou propostas para eliminar as tensões raciais na Assembléia Geral das Nações Unidas.
Freyre recebeu diversas homenagens. Entre elas, em 1962, o desfile da escola de samba Mangueira, com enredo inspirado em "Casa-grande & Senzala". Foi doutor pelas Universidades de Paris (Sorbonne, França), Colúmbia (EUA), Coimbra (Portugal), Sussex (Inglaterra) e Münster (Alemanha). Em 1971, a rainha Elizabeth 2ª lhe conferiu o título de Sir (Cavaleiro do Império Britânico).

 Casa-Grande e Senzala
É o primeiro livro de Gilberto Freyre. Publicado em primeira edição no Rio de janeiro, em dezembro de 1933, teve enorme repercussão junto ao público. Abordagens inovadoras de vida familiar, dos costumes públicos e privados, das mentalidades e das inter-relações étnicas revelam um painel envolvente e deliciosamente instigante da formação brasileira no período colonial. Da arquitetura real e imaginária da casa-grande e dos fluxos e refluxos do cotidiano da família patriarcal, emergiram traços da convivência feita de intimidade e dominação entre senhores e escravos e entre brancos, pretos e índios que marcaram para sempre a sociedade brasileira.
Setenta anos e muitas edições depois, Casa-Grande & Senzala continua repercutindo. Menos por sua consagração como uma das obras fundamentais do pensamento brasileiro e mais porque o livro, como queira o autor, mantém-se vivo e contemporâneo. Porque continua a seduzir os leitores. E a desafiá-los a uma jornada desbravadora pelas veredas da história nacional.

Jorge Amado
Um dos representantes do ciclo do romance baiano, nasceu na Bahia, em 1912. Este romancista brasileiro é um dos mais lidos no Brasil e no mundo. Com livros traduzidos para diversos idiomas, suas obras refletem a realidade dos temas, paisagens, dramas humanos, secas e migração.
Escritor desde a adolescência, Jorge Amado segue o estilo literário do romance moderno. Em seus livros existe o domínio do físico sobre a consciência. Suas personagens geralmente são plantadores de cacau, pescadores, artesãos e gente que vive próximo ao cais, em Salvador, Capital da Bahia. 
O estilo deste autor também é conhecido como romance da terra e seus livros possuem uma linguagem agradável e de fácil compreensão. Suas obras literárias conquistaram não só os falantes da língua portuguesa como de outros idiomas: inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, etc. 
Morreu em Salvador ( Bahia ), no dia 6 de Agosto de 2001, quatro dias antes de completar 89 anos de idade.

 Tenda dos Milagres
Na 'Tenda dos Milagres', na ladeira do Tabuão, em Salvador, onde o amigo Lídio Corró mantém uma modesta tipografia e pinta quadros de milagres de santos, o mulato Pedro Archanjo atua como uma espécie de intelectual orgânico do povo afro-descendente da Bahia. Autodidata, seus estudos sobre a herança cultural africana e sua defesa entusiástica da miscigenação abalam a ortodoxia acadêmica e causam indignação entre a elite branca e racista. A história é contada retrospectivamente, em dois tempos. Em 1968, a passagem por Salvador de um célebre etnólogo americano admirador de Archanjo desencadeia um revival de sua vida e obra. Para a comemoração do centenário de nascimento do herói redescoberto, arma-se todo um circo midiático. Contrapondo-se a essa apropriação política da imagem de Archanjo, sua trajetória é narrada paralelamente como foi preservada na memória do povo - os amores, as polêmicas com os luminares da universidade, os confrontos com a polícia.

Aluísio de Azevedo
Considerado o pioneiro do naturalismo no Brasil, o romancista Aluísio de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão em 14 de abril de 1857.
Quando jovem ele fazia caricaturas e poesias, como colaborador, para jornais e revistas no Rio de Janeiro. Seu primeiro romance publicado foi: Uma lágrima de mulher, em 1880.
Fundador da cadeira número quatro da Academia Brasileira de Letras e crítico social, este escritor naturalista foi autor de diversos livros, entre eles estão: O Mulato, que provocou escândalo na época de seu lançamento, Casa de Pensão, que o consagrou e O Cortiço, conhecido com sua obra mais importante.
Faleceu em Buenos Aires, Argentina, no dia 21 de janeiro de 1913.
 

O Mulato
Neste livro o autor demonstra seu anticlericalismo e aborda a questão do preconceito racial através do protagonista deste grande romance, o Dr. Raimundo José da Silva, um atraente e culto mestiço de olhos azuis que afronta a sociedade maranhense ao não perceber sua condição racial.

José de Alencar
O escritor brasileiro José de Alencar nasceu no Ceará, região nordeste do Brasil, no ano de 1829. Antes de iniciar sua vida literária, atuou como advogado, jornalista, deputado e ministro da justiça. Aos 26 anos publicou sua primeira obra: “Cinco Minutos”.
Podemos considerar Alencar como o precursor do romantismo no Brasil dentro das quatro características: indianista, psicológico, regional e histórico. 
Este autor brasileiro utilizou como tema o índio e o sertão do Brasil e, ao contrário de outros romancistas de sua época que escreviam com se vivessem em Portugal, Alencar valorizava a língua falada no Brasil. 
Escritor de obras com estilos variados, este escritor cearense criou romances que abordam o cotidiano. Deste estilo literário, também conhecido como romance de costumes, destacam-se os livros: Diva, Lucíola e A Viuvinha. Foram também de sua autoria os romances regionalistas: O Sertanejo, O Tronco do Ipê, O Gaúcho e Til. Dos romances históricos fazem parte: As Minas de Prata e A Guerra dos Mascates. 
No romance indianista de José de Alencar, o índio é visto em três etapas diferentes: antes de ter contato com o branco, em Ubirajara; um branco convivendo no meio indígena, em Iracema e o índio no cotidiano do homem branco, em O Guarani. 
É dentro do estilo indianista do escritor José de Alencar que está sua obra mais importante: Iracema. Outra obra também considerada de grande valor literário é O Guarani, pois aborda os aspectos da formação nacional brasileira. 
Apesar de ser mais conhecido por suas obras literárias, o escritor brasileiro José de Alencar fez também algumas peças de teatro: Nas Asas de um Anjo, Mãe, O Demônio Familiar. 
Faleceu aos 48 anos de idade, em 1877, deixando inúmeras obras que fazem sucesso até os dias atuais.
 Ubirajara
A história do "senhor da lança" mostra uma terra selvagem, com sua pureza ainda não profanada pela presença do branco invasor. Os primeiros cronistas, entre eles Pero Vaz de Caminha, mostram preconceituosamente um índio sem fé, nem lei, como se não tivesse cultura, somente porque não possui a a cultura cristã européia. Essa desvalorização da cultura do habitante primitivo desta nossa terra é questionada por Alencar.
 Iracema
Lenda criada por Alencar, Iracema explica poeticamente as origens de sua terra natal.
A 'virgem dos lábios de mel' tornou-se símbolo do Ceará , e o filho, Moacir nascido de seus amores com o colonizador branco Martim representa o primeiro cearense, fruto da integração das duas raças.
Em Iracema, a relação amorosa entre a jovem índia e o fidalgo português Martim, domina toda a obra.


O Guarani
No cenário monumental e selvagem do Brasil do século XVII, encontram-se Peri e Ceci para viver uma envolvente história de amor. Expressão épica maior do nacionalismo romântico, O Guarani é essencial para a compreensão das origens da prosa de ficção em nosso país.

Referências
http://www.suapesquisa.com
http://www.olivreiro.com.br
http://educacao.uol.com.br/biografias








segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Isabel Allende

Isabel Allende
(Lima, 2 de Agosto de 1942)
Jornalista e escritora chilena. Apesar de ter nascido em Lima, sua família logo voltou para o Chile, sua terra natal. Atualmente está radicada nos Estados Unidos da América.
É filha de Tomás Allende, funcionário diplomático e primo irmão de Salvador Allende, e de Francisca Llona.
Isabel é considerada uma das principais revelações da literatura latino-americana da década de 1980. Sua obra é marcada pela ditadura no Chile, implantada com o golpe militar que em 1973 derrubou o governo do primo de seu pai, o presidente Salvador Allende (1908-1973).


 A casa dos espíritos
'A casa dos espíritos' conta a saga da turbulenta e numerosa família Trueba, do Chile, com o seu patriarca angustiado e suas mulheres clarividentes. Trata-se de uma narrativa vertiginosa que se alimenta de si mesma e parece tender ao infinito. É no seu desfecho que se alcança o efeito trágico da obra cujo limite não é o esgotamento das narrativas, mas um golpe de Estado que metamorfoseia as narrativas em sangue nas sarjetas e as palavras em silêncio. Num panorama da história chilena que vai de 1905 a 1975, desfilam personagens como Esteban Trueba, latifundiário e senador; Clara, sua mulher clarividente e Alba, sua neta, jovem, socialista e, portanto adversária do patriarca e de seus cúmplices.

                                           
A cidade das feras
Alexandre Cold, de 15 anos, está com a mãe doente e, por isso, precisa ficar na companhia de sua avó. Ela participará de uma expedição à Amazônia para encontrar feras humanóides, e Alex irá em sua companhia. Fazem parte do grupo, além da avó, um repórter da revista National Geographic, um renomado antropólogo, um guia local e sua filha Nádia, além de um médico, que documentará os lendários Yeti da Amazônia, conhecidos como Feras. Sob a densa mata da floresta, Alexandre se surpreende ao descobrir muito mais do que imaginara a respeito do misterioso mundo da floresta tropical. Guiado pela força do jaguar, seu animal totêmico, Alexandre vivenciará uma experiência de autoconhecimento. A companhia da águia, que guia o espírito de Nádia, conduzirá os jovens aventureiros até o desconhecido povo da neblina em uma emocionante e inesquecível jornada rumo à última fronteira. Eles percorrerão lugares onde se misturam os limites entre o sonho e a realidade, e dessa aventura nascerá uma verdadeira e duradoura amizade.

Zorro - Começa a lenda
Califórnia, ano de 1790 - começa uma aventura numa época fascinante e turbulenta, com personagens cativantes e de espírito indômito, e um homem de coração romântico e temperamento firme chamado Diego de la Veja, o Zorro. Isabel Allende lança mão de seu talento literário para narrar a história do maior e mais famoso herói de todos os tempos. Aventureiro, apaixonado, intrépido e brincalhão. É a lenda do Zorro. E esta é a crônica de uma vida extraordinária em tempos excepcionais - a de Diego de la Veja, despojado de sua máscara. Um relato que começa no ano de 1790, em terras da Alta Califórnia, quando um jovem capitão espanhol se apaixona por uma índia de alma rebelde.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mais literatura fantástica...


J. R. R. Tolkien
John Ronald Reuel Tolkien (Bloemfontein, 3 de Janeiro de 1892 — Bournemouth, 2 de Setembro de 1973) foi um escritor, professor universitário e filólogo britânico.
Tolkien nasceu na África do Sul e aos três anos de idade, com sua mãe e irmão, passou a viver na Inglaterra, terra natal de seus pais. Desde pequeno fascinado pela lingüística, cursou a faculdade de Letras em Exeter. Lutou na Primeira Guerra Mundial, onde começou a escrever os primeiros rascunhos do que se tornaria o seu "mundo secundário" complexo e cheio de vida, denominado Arda, palco das mundialmente famosas obras O Hobbit, O Senhor dos Anéis e O Silmarillion, esta última, sua maior paixão, que, postumamente publicada, é considerada sua principal obra, embora não a mais famosa.
Tornou-se filólogo e professor universitário, tendo sido professor de anglo-saxão (e considerado um dos maiores especialistas do assunto) na Universidade de Oxford de 1925 a 1945, e de inglês e Literatura inglesa na mesma universidade de 1945 a 1959. Mesmo precedido de outros escritores de fantasia, tais como William Morris, Robert E. Howard e E. R. Eddison, devido à grande popularidade de seu trabalho, Tolkien ficou conhecido como o "pai da moderna literatura fantástica".Sua obra influenciou toda uma geração.
 Trilogia "O Senhor dos Anéis"
A Sociedade do Anel
'A Sociedade do Anel' é a primeira parte da obra de ficção de J. R. R. Tolkien. Numa cidadezinha indolente do Condado, um jovem hobbit é encarregado de uma imensa tarefa. Deve empreender uma perigosa viagem através da Terra-média até as Fendas da Perdição, e lá destruir o Anel do Poder - a única coisa que impede o domínio maléfico do Senhor do Escuro.
As Duas Torres
'As Duas Torres' é a segunda parte da obra de ficção de J. R. R. Tolkien, 'O Senhor dos Anéis'. É impossível transmitir ao novo leitor todas as qualidades e o alcance do livro. Alternadamente cômica, singela, épica, monstruosa, diabólica, a narrativa desenvolve-se em meio a inúmeras mudanças de cenários e de personagens, num mundo imaginário absolutamente convincente em seus detalhes.
O Retorno do Rei
O Retorno do Rei é a terceira parte da grande obra de ficção fantástica de J. R. R. Tolkien, O Senhor dos Anéis. É impossível transmitir ao novo leitor todas as qualidades e o alcance do livro. Alternadamente cômica, singela, épica, monstruosa, diabólica, a narrativa desenvolve-se em meio a inúmeras mudanças de cenários e de personagens, num mundo imaginário absolutamente convincente em seus detalhes.

O Hobbit
Bilbo Bolseiro é um hobbit que leva uma vida confortável e sem ambições, raramente aventurando-se para além de sua despensa ou sua adega. Mas seu contentamento é perturbado quando Gandalf, o mago, e uma companhia de anões batem em sua porta e levam-no para uma expedição.





O Silmarillion
Quando 'O Senhor dos Anéis' foi publicado, as histórias de 'O Silmarillion' já existiam em suas versões iniciais, escritas em velhos cadernos, muitas vezes às pressas e a lápis. Tolkien trabalhou nesses textos ao longo de toda a sua vida, tornando-os veículo e registro de suas reflexões mais profundas. 'O Silmarillion' relata lendas de um passado remoto, ligadas às Silmarils, três gemas perfeitas criadas por Fëanor, o mais talentoso dos elfos. Morgoth, o Senhor do escuro, que habitava a Terra Média, roubou essas pedras preciosas e as engastou em sua coroa de ferro. Para recuperá-las , os altos-elfos travaram uma guerra prolongada e sem esperanças contra o grande Inimigo.



Christopher Paolini 
Nasceu a 17 de Novembro de 1983, no sul da Califórnia. Cresceu em Paradise Valley, Montana, onde ainda reside.  Durante a infância, escreveu vários contos e poemas, fazia inúmeras viagens à biblioteca e lia com bastante frequência.
Foi inspirado pela música clássica que Christopher escreveu Eragon. Tinha apenas quinze anos quando completou o primeiro rascunho; demorou um ano a reescrevê-lo, antes de o mostrar à família, que decidiu auto-publicar o livro. Um terceiro ano foi passado com novas edições, desenhado a capa e criando materiais de marketing. Durante este tempo, Christopher desenhou o mapa para Eragon, assim como o olho de dragão que aparece na edição normal.
A família Paolini passou o ano de 2002 e o início de 2003 a promover o livro em escolas, bibliotecas e livrarias.
No Verão de 2002, o autor Carl Hiaasen chamou a atenção do seu editor, Alfred A. Knopf, para o livro. Michelle Frey, editora executiva da Knopf Books, contactou Christopher e família com uma proposta de publicação. Esta foi aceite e, após mais uma revisão, Knopf publicou Eragon em Agosto de 2003.
Após uma promoção extensiva nos EUA e no Reino Unido que durou até 2004, Christopher regressou à escrita. Nasceu então Eldest, publicado em Agosto de 2005.
 
 "O Ciclo da Herança"
 Eragon - Eldest - Brisingr
Passada no mundo fictício de Alagaësia, a história se foca em um rapaz de 15 anos – acompanhado de seu dragão – na luta contra a tirania de um império do mal. Este garoto é Eragon, que ao lado de sua parceira Saphira, uma dragão com a qual compartilha sua consciência, divide a descoberta de ser um Cavaleiro de Dragões, um lendário grupo que governava essas terras em tempos passados.
O Rei Galbatorix, que destruiu a antiga Ordem dos Cavaleiro de Dragões e pegou a coroa para si, envia seus assassinos para capturar o rapaz e Saphira, e assim, o Cavaleiro inicia a sua jornada.
Fonte: www.olivreiro.com.br

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O universo da literatura fantástica

A palavra “Fantástica” segundo o dicionário Aurélio significa, 1. Só existe   na  fantasia  ou   imaginação;   imaginário,  ilusório, irreal. 2. Fantasmagórico (relativo a, ou próprio de fantasmas) 3. Caprichoso, extravagante. 4. Incrível, extraordinário, procedimento que só existe na imaginação. É um termo originário do latim phantasticus (-a, -um), que, por sua vez, provém do grego       (phantastikós) – são palavras que têm origem na fantasia.
Daí surge à literatura fantástica, uma literatura que origina-se da imaginação, o que não existe no mundo real. De fato, a narrativa Fantástica é toda criação literária que não dá importância a realidade vivida no mundo, não existe fronteira entre real e irreal, ambas misturam-se.
A Literatura Fantática e suas obras

As Crônicas de Nárnia
C.S. Lewis

Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas ente o bem e o mal - Este livro apresenta as sete crônicas de Nárnia integralmente, num único volume. Os livros são apresentados de acordo com a ordem de preferência do autor, cada capítulo com uma ilustração do artista Pauline Baynes. 'As crônicas de Nárnia' apresenta aventuras, personagens e fatos que falam aos leitores de todas as idades, mesmo cinqüenta anos após terem sido publicadas pela primeira vez.


 
A História Sem Fim
Michael Ende
''A história Sem Fim'' é a mágica aventura de um garoto solitário que passa   através das páginas de um livro para um reino muito particular, o reino da fantasia. Nesta terra imaginária, numa busca original e cheia de perigos, Bastian descobre a verdadeira medida de sua própria coragem e aprende também que até ele tem capacidade para amar. O texto impresso em duas cores, verde e vinho, as belas ilustrações das aberturas dos capítulos completam o clima de encantamento que envolve o leitor.                                                                                                                               



Coração de Tinta 
Cornelia Funke
Há muito tempo Mo decidiu nunca mais ler um livro em voz alta. Sua filha Meggie é uma devoradora de histórias, mas apesar da insistência não consegue fazer com que o pai leia para ela na cama. Meggie jamais entendeu o motivo dessa recusa, até que um excêntrico visitante finalmente vem revelar o segredo que explica a proibição. É que Mo tem uma habilidade estranha e incontrolável - quando lê um texto em voz alta, as palavras tomam vida em sua boca, e coisas e seres da história surgem como que por mágica. Numa noite fatídica, quando Meggie ainda era um bebê, a língua encantada de Mo trouxe à vida alguns personagens de um livro chamado 'Coração de tinta'.

Alice no País das Maravilhas
Lewis Carroll
Este livro é uma das mais famosas obras-primas da literatura universal destinada ao público infantil. Alice no País das Maravilhas (1865) são fantasias oníricas e lúdicas sobre a realidade e a linguagem. Explorando a aparente ausência de sentido em sentenças gramaticalmente corretas, Lewis Carrol foi um dos pioneiros na pesquisa de uma nova ciência do discurso, por meio da simbolização. Aparentemente destinada às crianças, na verdade oculta questionamentos de toda espécie, lógicos ou semânticos, problemas psicológicos de identidade e até políticos, tudo sob a capa de aventuras fantásticas.

O mundo de Sofia
Jostein Gaarder
Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que se vive. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia desconhece. O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste romance. De capítulo em capítulo, de 'lição' em 'lição', o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo muito surpreendente.

Fonte: http://www.olivreiro.com.br

Trilogia " O Tempo e o Vento"

O Tempo e o Vento, de Érico Veríssimo

Por Ricardo Gozzi

A leitura da trilogia “O Tempo e o Vento” vai além do simples ato de pegar um livro e descobrir o que o escritor resolveu registrar em suas páginas. A saga das famílias Terra e Cambará, narrada por Erico Veríssimo na fictícia cidade gaúcha de Santa Fé, cobre 200 anos de história do Rio Grande do Sul e do Brasil e leva o leitor à aventura de uma vida – ou de várias vidas.
Porque ler “O Tempo e o Vento” é uma aventura, a começar pelos números que envolvem a obra. “O Tempo e o Vento” é uma trilogia que se espalha por mais de 2.600 páginas divididas em sete livros na recente edição, lançada em 2009 pela Companhia das Letras. As duas primeiras partes – “O Continente” e “O Retrato” – são apresentadas em dois volumes cada; a última – “O Arquipélago” – divide-se em três tomos.
Erico Veríssimo levou mais de uma década para concluir essa obra-prima da literatura brasileira. O escritor gaúcho começou a escrever o primeiro volume de “O Continente” em 1947, lançando-o dois anos mais tarde. O último livro de “O Arquipélago” veio a público somente em 1962. No entanto, as primeiras anotações do autor para o livro datam de 1935, o que elevaria a 27 anos o tempo total de "gestação" dessa saga, como mostram os manuscritos reproduzidos nos Cadernos de Literatura sobre a obra do escritor.
Aos olhos de quem tem medo de livro grande, sua leitura pode parecer impressionante, algo próximo do impossível, ou uma missão para aventureiros preparados, como quem escala o Everest ou resolve dar a volta ao mundo em cima de uma motocicleta ou de um veleiro. Mas Erico Veríssimo possui alguma fórmula mágica.
Os ingredientes principais talvez sejam a simplicidade, a clareza e a falta de pressa narrativa, sem contar a bagagem especial do próprio autor. E essa fórmula faz com que a leitura, uma vez iniciada, flua sem restrições. Uma vez iniciada a aventura, não há remédio, é preciso ir até o fim para descobrir o que reserva essa experiência da primeira linha ao último ponto final.

O escritor em seu escritório, em Porto Alegre


O Continente


A saga começa nos dois volumes de “O Continente”, publicados originalmente em 1949. A narrativa do cerco ao Sobrado, no fim do século 19, espalha-se na forma de pílulas, intercalada por histórias que, sozinhas, já seriam dignas de livros à parte - como, aliás, aconteceu com os capítulos “Ana Terra” e “Um Certo Capitão Rodrigo”.
Praticamente todos os personagens mais importantes da trilogia são apresentados já em “O Continente”. Desde Licurgo e Maria Valéria, presentes no cerco ao Sobrado, a Ana e Bibiana Terra, o capitão Rodrigo e Luzia Silva, além de Rodrigo Terra Cambará, filho de Licurgo e em torno de quem girarão “O Retrato” e “O Arquipélago”, apresentado ainda na infância.
O cerco ao Sobrado, a cidadela herdada pela família Terra Cambará como resultado da guerra surda entre a velha Bibiana e a nora Luzia, é o fio condutor entre o passado e o futuro. Quatro gerações de Terras e Cambarás estão ali presentes no desfecho da Revolução Federalista, em 1895, cercadas pelos maragatos – contra os quais Licurgo luta durante quase toda a vida e ao lados dos quais morre lutando, décadas mais tarde. Mantido a grande custo apesar do acirrado cerco, o casarão ganha ares de palco principal em “O Retrato” e “O Continente”.
É marcante a elegância com que Erico Veríssimo faz desaparecer discretamente parte de importantes personagens, especialmente as femininas, quase todas levadas pela passagem implacável do tempo, como Luzia Silva, Ana e Bibiana Terra. Talvez para contrabalançar isso não falte sangue em mortes como a do Capitão Rodrigo e a de seu filho, Bolívar, exemplos do ditado familiar segundo o qual “Cambará macho não morre na cama”.
Apesar das diversas guerras que envolvem a região no período de formação do Rio Grande do Sul, não se trata de um livro belicista, avalia Regina Zilberman, doutora em Letras pela Universidade de Heidelberg (Alemanha) e professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). “Pelo contrário, sublinha o que essas lutas tiveram de sacrifício, de que é sintomática a vida breve de quase todas as figuras masculinas”, escreve ela na apresentação da edição publicada pela Companhia das Letras em 2009. O tom pacifista da obra, diz ela, manifesta-se sob o prisma das mulheres, que perdem os maridos e os filhos nas sucessivas guerras que resultariam no estabelecimento das atuais fronteiras do Brasil na região Sul.
A primeira parte da trilogia é, de todas, a mais dominada pela ficção. “O Continente” já é, indiscutivelmente, um romance histórico, mas, talvez até pela ausência de documentos e registros das épocas abordadas, é nele que Erico Veríssimo parece ter mais liberdade de criar.

 
O Retrato


De volta a Santa Fé depois de ter ido estudar medicina em Porto Alegre, o jovem e idealista Rodrigo Terra Cambará busca estabelecer-se em sua terra natal e depara-se com uma batalha já perdida de início contra seus próprios impulsos. Admirado com a vitalidade do amigo, o desacreditado artista anarquista Pepe García decide pintar um retrato de Rodrigo. O pintor dedica sangue, suor e alma à confecção do quadro. O resultado do trabalho do pintor, no qual ninguém botava muita fé, é uma obra-de-arte. Nas palavras de Maria Valéria, tia e madrinha de Rodrigo, o quadro “só falta falar”.
As grandes vítimas da genialidade do pintor são o próprio artista e seu modelo. A criatividade de Pepe García esgota-se no retrato, como se ao quadro ele tivesse dedicado todos os seus esforços e tornado-se estéril ao encerrá-lo. Já Rodrigo passa a definhar. A altivez com que é retratado por Pepe García jamais será a mesma novamente, numa espécie de “O Retrato de Dorian Gray” (obra de Oscar Wilde) às avessas.
Paralelamente à decadência pessoal de Rodrigo desfila a decadência social de Santa Fé na passagem do século 19 para o 20, projetada nas conseqüências do jogo de alianças políticas dos oligarcas locais com líderes gaúchos como Pinheiro Machado e Borges de Medeiros, consolidando “O Tempo e o Vento” como um romance histórico.



O Arquipélago



Erico Veríssimo usa e abusa das relações de suas personagens com personalidades da história brasileira na parte final de “O Tempo e o Vento”, aperfeiçoando-o como romance histórico. Ele também apresenta aos leitores um alter-ego, o escritor Floriano Cambará, filho de Rodrigo e Flora, um intelectual em busca de inspiração para uma carreira literária sólida.
A história do Brasil na primeira metade do século 20 serve de pano de fundo para o salto da influência da família Terra Cambará do âmbito meramente local para uma escala nacional. Depois de muitos anos no Rio de Janeiro, ao lado do amigo e aliado Getúlio Vargas, Rodrigo retorna a Santa Fé após a queda do Estado Novo, derrotado politicamente. Com a vida por um fio por conta de uma série de problemas cardíacos, luta contra o imponderável para não se tornar no primeiro Cambará macho a morrer na cama.
O retorno de Rodrigo a Santa Fé acaba por reunir todo o clã Terra Cambará e força um acerto de contas familiar. No meio do caminho, Floriano vai juntando as peças para o romance definitivo que pretende escrever. E Erico Veríssimo acaba por encerrar “O Arquipélago”
exatamente como haveria de começar “O Continente”.


Obra universal

A trilogia “O Tempo e o Vento”, de Erico Veríssimo, costuma ser rotulada como uma saga abrangendo cerca de dois séculos da história do Rio Grande do Sul, e marginalmente a do Brasil no mesmo período. Mas ela é mais que isso. É uma obra universal, capaz de explicar o macrocosmo a partir do micro.
Ao propor sua visão sobre o comportamento e organização social dos gaúchos, Veríssimo acaba, incidentalmente, expondo as qualidades e os defeitos dos brasileiros e da humanidade como um todo, com seus amores, medos e preconceitos, de acordo com o ponto de vista de cada personagem.
Masculino e feminino são muito patentes na obra. As mulheres são, em sua maioria, personagens fortes, guardiãs dos valores morais e protetoras do seio familiar, constantes como o tempo; os homens, salvo exceções, servem como elemento desestabilizador, imprevisíveis como o vento.
O que talvez mais impressione na obra de Erico Veríssimo é a forma simples e eficaz de sua narrativa. Para ser um grande escritor não é preciso ser rebuscado, não é preciso ser prolixo, não é preciso parecer complicado, não é preciso experimentar fórmulas novas. Não existe fórmula pronta para isso. Erico Veríssimo optou pela clareza na exposição de suas ideias, e consagrou-se como um grande contador de histórias.

Fonte: http://www.guiadeleitura.com/2010/08/especial-o-tempo-e-o-vento-de-erico.html

terça-feira, 5 de julho de 2011

As Brumas de Avalon

Marion Zimmer Bradley

Nasceu em Albany, no estado de Nova York, e faleceu em 1999. Começou a escrever cedo: aos dezessete anos criou um fanzine de ficção científica e seus primeiros contos apareceram em 1953. Reconhecida pela bela recriação arturiana de As brumas de Avalon, ela mostrou-se competente, também, em fantasias intergaláticas e contemporâneas.












As Brumas de Avalon 
Neste romance, a lenda do rei Artur é contada pela primeira vez através das vidas, das visões e da percepção das mulheres que nela tiveram um papel central. Pela primeira vez, o mundo arturiano de Avalon e Camelot, com todas as suas paixões e aventuras - o mundo que, através dos séculos, cada geração recriou em incontáveis obras de ficção, poesia, drama - é revelado, como se poderia esperas, pelas suas heroínas - pela rainha Guinevere, mulher de Artur; por Igraine, mãe de Artur; por Viviane, a impressionante Senhora do Lago, Grande Sacerdotisa de Avalon; e principalmente pela irmã de Artur, Morgana, também conhecida como Morgana das Fadas, como a Fada Morgana - como feiticeira, como bruxa - e que nesta épica versão da lenda desempenha um papel crucial, tanto na coroação como na destruição de Artur. Trata-se, acima de tudo, da história de um profundo conflito entre o cristianismo e a velha religião de Avalon.

Fonte: http://www.olivreiro.com.br